No Brasil comemoramos o dia 1º de Maio como feriado há 93 anos. Durante muito tempo este dia foi marcado com manifestações contra a construção socioeconômica que vivíamos, e por conta da propaganda política de melhorias trabalhistas o presidente Getúlio Vargas conseguiu dissipar as emoções negativas relacionadas a data, conquistando de forma simpática os trabalhadores com desfiles e festas populares.
No dia 1º de Maio de 1986 em Chicago, acontecia uma das maiores greves em busca de melhores condições de trabalho, a greve durou por dias resultando em conflitos violentos entre os trabalhadores e policiais. Depois de três anos, em Paris começaria a ter início greves anuais com os mesmos pretextos que as manifestações de Chicago e por este motivo, escolheram o mesmo dia como homenagem.
A ideia de comemorar o dia do trabalho como uma homenagem se propagou para outras nações como a Venezuela, a Espanha, Turquia, Portugal, Grécia e o Líbano, alguns dos países que se adaptaram à ideia, porém cada um possui uma celebração diferente do outro, seja com passeatas populares ou com mais manifestações exigindo revisões de direitos trabalhistas.
Isso não se tornou uma regra universal. Na Austrália o dia da celebração varia conforme a região pois os feriados são definidos por decisão do estado, e não pelo governo federal. Um outro exemplo seria o próprio país em que aconteceu a primeira manifestação que contribuiu para que o dia 1º de Maio fosse tão marcante. Nos Estados Unidos o feriado acontece na primeira segunda-feira de setembro e é chamado de Labour Day, o presidente Grover Cleveland decidiu mudar a data para setembro pois não queria que o dia fosse de recordações negativas.
Mesmo em datas diferentes os direitos dos trabalhadores devem ser respeitados independentemente do lugar, assim como seus devem ser seguidos. É uma moeda de troca.
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Por Sayuri Kinjo.